sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal

Estamos encantados, a vida se renova quando temos uma criança entre nós, entre as tantas que fazem parte de minha vida como educadora, psicopedagoga, mãe e avó. Tenho postado pouco por aqui, comunico-me mais na timeline através do Facebook, estes últimos anos foram de muito aprendizado, primeiro o problema com os meus joelhos desde fevereiro de 2009, o ritmo de meu trabalho diminuiu consequentemente, não a leitura e a vontade de aprender. Para quem trabalhava manhã, tarde e noite, além de algumas horas roubadas da madrugada de sono nos estudos, é algo muito estranho.

Uma pessoa assídua em serviço ou na escola como estudante, até mesmo doente se fazia presente, só mesmo impossibilitada de andar e com a dor companheira [e que ainda se faz presente nos edemas distribuídos por todos os dois joelhos e seus arredores]... Já consegui livrar-me da única bengala que me deixava em pé nesses últimos meses.

Estamos às vésperas do Natal tempo de renovação da fé e dos tantos agradecimentos que temos a fazer... E por aqui desejo um Feliz Natal aos meus queridos amigos e amigas. Estou um pouquinho triste porque uma grande amiga precisa de muitas orações na UTI do Hospital Porto Dias e bem sei como Vocês que "tudo posso naquele que me fortalece" (Filipenses 4:13). Sabemos que muitas vezes Ele nos leva pessoas queridas para aliviar suas dores e nos fazer valorizar a lição/missão que aprendemos com esses seres humanos tão especiais.

Que o espírito natalino renove suas esperanças na fé em Jesus Cristo e que este Natal seja mais um momento de todos nós acreditarmos que vale a pena viver um Novo Ano cheio de amor, paz e esperança a compartilhar com as pessoas amigas e tão presentes em nossos corações.

Feliz Natal e um maravilhoso 2012 a todos nós!


Compartilho por aqui a bela lição de um homem que se transformou em um filme... O mundo precisa urgentemente de ser humanos aprendentes que se tornam a cada dia melhores.

sábado, 10 de dezembro de 2011

ELEC nos desenhos: vivências lúdicas e aprendentes de crianças ribeirinhas


No “Encontro Lúdico Esportivo e Cultural” (ELEC), evento pedagógico proposto pelas Unidades Pedagógicas da nossa Escola como alternativa a substituir os “Jogos Internos”, os estudantes ribeirinhos fizeram suas representações através de desenhos.

Este post é ilustrado por essas imagens – memória de cenas e objetos que integram um conjunto de informações, se mobilizam na mente e se transformam em desenhos, processo da mediação dos signos, que por lá permeada de experiências culturais, lúdicas e significativas.

São imagens produzidas por crianças de uma das turmas, no evento (re)vivem, inspiram-expiram, apreciam, tocam-são tocadas, tatuam-se, interagem e repensam as relações, para além do narcisismo e do discurso ensimesmado, veem a Vida, sorriem, pois toda a vida é sonho, e os sonhos, sonhos são(La Barca, 1992, p.73), assim ali e acolá as esperanças acenam.

É o bem viver como fruto da cognição e interação como um jogo de amorosidade e autopoiese constituindo a arte do reencantamento e da relação comunicacional com a Vida Ribeirinha e em sua complexidade interacional.
Memória das Relações: baú do conhecimento e suas múltiplas leituras... (Larissa, 10 anos)

Memória das Relações: baú do conhecimento e vídeo da "Matinta Perera"  (Yris, 9 anos)
Memória do Objeto: brincadeiras e peça de fantoche (Lucas,  10 anos)
Memória de Ensino (relação vertical): aprendi sobre jacaré, o primo do tucano (araçari),
o sabiá que espalha semente e a cobra que come sapos inteirinhos... (David, 9 anos)
Memória dos Objetos: informática é legal, a história que gostei falava de natureza (Jonata, 9 anos)

Memória do Objeto: assisti a um filme muito bacana de um mágico atrapalhado (Jobson,  10 anos)
Memória do Objeto: corrida de obstáculos (Talison, 9 anos)
Memória das Relações e do Objeto: jogo de memória, animais - biologia, filme da "Matinta Perera" (Ryan, 9 anos) 
Aluna não compareceu ao ELEC porque sua mãe pensava que era só jogo,
depois que a filha explicou o que era o ELEC, olhou no relógio e já era tarde... (Karoline, 9 anos)

Referência
LA BARCA, Pedro Calderón de. A vida é sonho. Trad. Renata Pallottini. São Paulo: Hedra, 1992.